• Narrativa
  • Home
    • Bela Silva
    • Mário Rita
    • Inês Norton
    • Ana Velez
    • Martinho Costa
    • Pedro Chorão
    • Nuno Nunes Ferreira
    • René Tavares
    • Joana Rá
    • JAC
    • Pedro Batista
    • Diogo Barros Pires
    • Olrik Kohlhoff
    • Mónica Mindelis
    • Tiago Mourão
    • Manuel Tainha
    • José Lourenço
    • Fátima Melo
    • Fernando Guerra
    • Joana Vasconcelos
    • A certain landscape
    • Sniper
    • Tropicaland
    • Salvação
    • Oh Lily
    • A trombeta da morte
    • O olhar da Aurora
    • A catástrofe do meu vizinho
    • No Covil da Armada
    • Ralf, fuel the jet!
    • Apanha Céus
    • Para onde vais tu Norbu?
    • O pato
    • A dúvida da Flor
    • Onda vamos Janis?
    • Senhor Salvador
    • Por debaixo do Sol...
    • O Lado B do postal
    • Quem é?
    • Perder
    • A vida, do Rúben
    • Matéria carnal
    • Anunciação
    • Ludwig
    • Na outra margem
    • Para lá da Paisagem
    • Televisor
    • Estado de pai
    • De p para f para p para f
    • O anzol que devoramos
    • Planeta Príncipe
    • Sem coroa
  • Bio
Menu

Mjustino

Street Address
City, State, Zip
+351 964 081 283

Your Custom Text Here

Mjustino

  • Narrativa
  • Home
  • Atelier e Artistas
    • Bela Silva
    • Mário Rita
    • Inês Norton
    • Ana Velez
    • Martinho Costa
    • Pedro Chorão
    • Nuno Nunes Ferreira
    • René Tavares
    • Joana Rá
    • JAC
    • Pedro Batista
    • Diogo Barros Pires
    • Olrik Kohlhoff
    • Mónica Mindelis
    • Tiago Mourão
    • Manuel Tainha
    • José Lourenço
    • Fátima Melo
    • Fernando Guerra
    • Joana Vasconcelos
  • Fotografia
    • A certain landscape
    • Sniper
    • Tropicaland
  • Narrativas
    • Salvação
    • Oh Lily
    • A trombeta da morte
    • O olhar da Aurora
    • A catástrofe do meu vizinho
    • No Covil da Armada
    • Ralf, fuel the jet!
    • Apanha Céus
    • Para onde vais tu Norbu?
    • O pato
    • A dúvida da Flor
    • Onda vamos Janis?
    • Senhor Salvador
    • Por debaixo do Sol...
    • O Lado B do postal
    • Quem é?
    • Perder
    • A vida, do Rúben
    • Matéria carnal
    • Anunciação
    • Ludwig
    • Na outra margem
    • Para lá da Paisagem
    • Televisor
    • Estado de pai
    • De p para f para p para f
    • O anzol que devoramos
    • Planeta Príncipe
    • Sem coroa
  • Bio

Nuno Nunes-Ferreira, Tempo, Memória, Ausência

September 11, 2019 João Miguel Justino
folha2.jpg

Trata-se de um caso difícil para mim, para a minha escrita. Não cabe em modelos. Tem um lado disruptivo. Já foi pintor. Mas já não é. É artista, mas na linha seguinte vem a pergunta: o que é isso de ser artista? Traz muita interrogação. E contra respostas. Não é fácil entrar, muito menos apresentar uma imagem escrita do Nuno Nunes-Ferreira.

54517680_10219746364393955_6963864208572153856_n.jpg

Vou designá-lo de artista, mas provavelmente estou errado. Todos eles são mal amados, pensam. Diria pouco amados, na proporção do seu mundo interior. Muitos são apenas parte de um número. Não o sabem. Na verdade sabem, mas vivem bem assim, dentro de um circo que se esvazia, tão cheio de nada. Este não. Este artista é militante, convicto. Coleciona. Tem densidade. Trabalha o seu corpo de projetos. Arquiva. Tem orgulho próprio, qualidade óptima quando acompanhada de critério. Veste muita vezes de preto e nunca me lembrei de lhe perguntar o porquê. Corresponde. É afável na devida proporção da sua solidão. E o preto tem uma luz interior profunda que reflete, quando se detém o desejo de ver. É paradoxalmente claro. Genuinamente sintético, quanto denso.

20190626_152100.jpg
20190626_151844.jpg
20190626_123400.jpg

Revive e constrói estórias. Goza com as suas ideias. Ri. Sujeita a censura histórica ao pecado da partilha. Ri de novo. Abre cheiros perdidos a uma narrativa. E sempre o critério. E os afectos. Os pais e as memórias, o país que é o seu, a história que é a nossa, o tempo que é de todos.

20190626_151808.jpg
20190627_001952.jpg
20190626_124428.jpg
20190626_124247.jpg

Gosta do campo, onde vive. Percebe-se do que gosta. E do que não gosta. Usa o discurso direto com o devido critério. Revive e constrói estórias. Goza com as suas ideias. Ri. Sujeita a censura histórica ao pecado da partilha. Ri de novo. Abre cheiros perdidos a uma narrativa. E sempre o critério. E os afectos. Os pais e as memórias, o país que é o seu, a história que é a nossa, o tempo que é de todos. Compra imagens, forma sequências, ergue formas. Utiliza referências, as que lhe são caras. Constrói. Regista e encara a sua prática com uma precisão doentia, mas nem tanto, de fundo a forma é sã. Julgo sentir uma alma inquieta mas, uma vez mais, provavelmente estou errado. Há muita ironia latente, até no sorriso tímido.

folha5-cópia.jpg
20190626_152706.jpg
20190626_152707.jpg
20190626_152709.jpg
20190626_152712.jpg
20190626_152716.jpg
20190626_152717.jpg
20190626_152724.jpg
20190626_152726.jpg
20190626_152727.jpg
20190626_152729.jpg

Há silêncio profundo no olhar. Sente-se que contempla o mundo. Paira por cima dos seus projetos sem ficar dormente. Interroga-se sobre o tempo, a memória e a ausência. Crítica sem usar a voz. Usa a imagem e a palavra. E sempre o critério. É recolector das peças que precisa para sarar o puzzle que decidiu reconstruir, na mente. Vale tudo, até o pincel esquecido. Objetos, sim. Jornais. Autocolantes. Postais. Palavras, letras, sílabas... perdidos e achados de toda a condição. Ressuscita memórias, sem as revelar. Pega na ponta e desfaz a meada. Move montanhas. Não o imagino a desistir. A imagem final é distinta de tudo o mais. Joga fora da escala. Julgo que detesta o padrão. Julgo que adora o simples. Não posso julgar, provavelmente estarei errado. Sei que trabalha, muito. É artista, convicto. Assume-se.

20190626_145021(0).jpg
20190626_152635.jpg
Montagem2.jpg
2015-11-17 17.14.52.jpg
NN-F_CUCAEnquantoAPeludaNaoChega.jpg

Este é um caso difícil para a minha escrita, talvez pela densidade de um conteúdo que está para lá de uma descrição, que não se afirma necessariamente pela estética, ainda que latente, nem prima pela evidência, ainda que presente. Traça uma linha fora do horizonte próximo por onde circula, sempre à volta do humano.

20190626_124146.jpg
20190626_154800.jpg
20190626_154801.jpg
20190626_154803.jpg
20190626_154804.jpg
20190626_154805.jpg
20190626_154805.jpg
20190626_160020.jpg
← JAC, pus o céu noutro lugarAna Velez, para lá do binário →

PHONE

+351 964 081 283

EMAIL

joaomigueljustino@gmail.com