Após viagem por fora, atrevo-me a pisar o risco e voltar a espreitar para dentro do palco das artes plásticas. Pouco mudou. Porque a natureza humana não se muda. Mudam os corpos e as fricções, mas a energia é a mesma. Quando se regressa pensa-se. Pensa-se sobre o que em tempos idos se pensou e passou. E passaram mais de 2 anos. JAC... I'm back! Este vai ser o meu território, o meu olhar, as minhas escolhas. Cool JAC. Esta vai ser a minha e a nossa rede, sem pé, sem limite de queda, livre e assinada.
E este primeiro post existe apenas para o JAC. O JAC dirige-nos à redenção. É substantivo. O JAC é símbolo do que eu compro no campo das artes. Tem um verbo que podemos destacar. Tem essência ainda que pueril. Tem presença e é franca. Tem o dom da tela e de escrever nela o que dificilmente sabemos ou conseguimos expressar.
Conheci o Jack literalmente no Facebook. Fui vendo. Aqui e ali surgia uma imagem. Uma pintura vibrante. Uma mão solta e corajosa. Vi em silêncio e fugi ao preconceito. Limitei-me a ver. Depois encantei-me e perguntei-lhe: quem és tu JAC? Recebi uma lufada de ar fresco do Norte, na voz, no tom e na suprema honestidade com que se apresentou. O José Augusto Castro é um pintor. Mas que raça de pintor és tu? O Justino e o Pedro Chorão responderam-me: dos bons! E vi mais e mais. O José é o JAC e o JAC é um fenómeno à espera de ser descoberto. Tem tudo. Quase tudo. Faltava-lhe o gancho do escorpião, a dança fatal da sedução, chegar perto, acariciar o curador, o crítico e entrar no apertado e esquizofrénico centro do furacão. Vai-lhe sempre faltar o aguilhão. Não é da sua natureza. Como perdem todos eles.
A simplicidade do seu voo atravessa o século XX e não se coíbe de coabitar com os signos de pintores admiráveis. Mas não se fica por aí. JAC habita aqui e agora. Tem um canto de quem tem alma autónoma. Mão própria. O JAC é uma das maiores revelações que tive o privilégio de encontrar e desvendar.
Dass Jack... I'm back!