Nota introdutória sobre a ausência de textos introdutórios para além desta introdução:
Escrever sobre artes plásticas pode ser tão complexo e fastidioso quanto ler. Já sentimos o martírio de passar os olhos por um texto que nos faz sentir os seres mais “retardados” à face do planeta. Aquilo não apetece. E aquilo serve para explicar “a coisa” que está lá dentro, exposta, que não é para explicar, dizem os próprios, mas pelo sim pelo não, aquilo dá algum corpo e formalidade, no mínimo cria a dúvida e a dúvida penetra nas nossas certezas e torna-as incertas, inseguras face “à coisa” e deixa-nos ali pendurados e assim, sem se explicar, deixa-se explicado que algo filosoficamente inteligente está para lá de uma percepção primária, porventura a nossa.
Não apetece. Não me apetece. Opto por back to the basics, no fundo por apresentar algumas pessoas que têm algo para nos revelar e surpreender sem termos de mergulhar num qualquer abismo filosófico ou conceptual. De forma muito simples, retirar a prosa daquela área do quadrado fechado onde por norma se expressa a vertente erudita, culta e por vezes altiva do meio, abraçando aqui uma forma de paganismo e sujeitando-me, como é evidente, a algum tipo de inquisição.
Miguel Palma
Miguel Palma
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Diebenkorn
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