Diebenkorn, 1922-1993, USA
Soren Sejr, 1981 - , Dinamarca
Passaram 6 décadas entre o nascimento de um dos mais aclamados pintores expressionistas americanos, Richard Diebenkorn (1922-1993), e o ainda jovem e desconhecido pintor dinamarquês, Soren Sejr.
Diebenkorn conquistou um espaço nos livros e museus, na história da arte do século xx. Tem uma fundação: http://diebenkorn.org e cerca de 50 anos passados a pintar. Fases distintas, capítulos bem definidos numa linha de tempo. É um dos meus pintores preferidos do século XX.
Soren Sejr é um pintor do século XXI. Pouco sei. A linha de tempo é tão escassa como a informação. Por um mero acaso viajei até Aarhus, na Dinamarca, com travessia directa via Instagram. Tem um percurso com fios e ligações à pintura modernista.
Detive-me na geografia contida e linear das suas últimas obras. Lembrei-me do “meu velho amigo” Diebenkorn. O passado bem assente, a memória viva, os processos estruturados, a procura genuína, a pintura verdadeira e universalista, estende-se e propaga-se por continentes e gerações. Não morre, não se apaga.
Não se trata de passadismo ou revivalismo. Não tento comparar. Mas ambos os autores, nas suas distâncias, debatem-se com as questões de fundo que envolvem o processo criativo: os planos, o espaço, o jogo da cor e luz, o constante desafio de acrescentar algo e resolver o infinito, a procura da formula que conduza e responda à necessidade do equilíbrio.